Pesquisar este blog

BPHBGOSPEL

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Ataque a mim e não o caminho que percorro



Enquanto pensava um pouco sobre as verdades e veredas inerrantes de Deus e sobre minha facilidade para com o erro descobri um pouco mais de um escritor que também pensava um pouco a esse respeito. Respondia as críticas não como uma defesa ao Eterno ou Seus feitos, porém abordava através da visão humana para com as falhas que corroíam a alma do ser humano.


Julgar a Cristo através de mim seria tão injusto quanto creditar a mim o sucesso pela harmonia do universo. Leon Tolstoi foi um escritor que, assim como eu têm algumas certas dúvidas com relação à Graça e, conseqüentemente, algumas dificuldades para aceitá-la. Aquele cristão que peregrina por sua vida somente contando sobre suas vitórias e conquistas talvez não tenha conhecido um verdadeiro sentido para a fé.

Nesse trecho de uma carta pessoal ele responde a uma crítica e também fala um pouco da jornada cristã.

“E quanto a você, Lev Nikolayevitch, você prega muito bem, mas faz aquilo que prega?” Esta é a mais natural das perguntas, uma que sempre me é feita. Normalmente, é feita de maneira vitoriosa, como se fosse uma forma de calar minha boca. “Você prega, mas como vive?” E respondo que não prego, que não sou capaz de pregar, ainda que deseje apaixonadamente fazê-lo. Posso pregar apenas através das minhas ações, e minhas ações são vis (...) E respondo que sou culpado, e vil, e digno de receber as críticas por meu fracasso em cumpri-las.

Ao mesmo tempo, sem ter o propósito de me justificar, mas simplesmente visando explicar minha falta de consistência, digo: olhe para minha vida atual e para minha vida passada, e você verá que não tento defendê-las. É verdade que não tenho cumprido a milésima parte deles [os preceitos cristãos], e me envergonho disto, mas deixei de cumpri-los não porque não quis, mas porque fui incapaz de fazê-lo. Ensine-me como não ser enredado pela tentação que me cerca, ajude-me, e eu os cumprirei; mesmo sem ajuda, eu desejo e espero cumpri-los.

Ataque-me – eu mesmo faço isto –, mas ataque a mim, em vez de culpar o caminho que sigo e que indico a todos aqueles que me perguntam onde acho que ele esteja. Se conheço o caminho de casa e ando por ele embriagado, o caminho não deixa de ser certo simplesmente porque ando por ele cambaleante! Se não é o caminho correto, então mostre-me um outro; mas se cambaleio e perco o caminho, você deve me ajudar, deve manter-me na senda da verdade, assim como eu mesmo estou disposto a ajudá-lo. Não me leve por caminhos errados, não fique feliz por eu me perder, não se rejubile dizendo: “Olhe para ele! Disse que estava indo para casa, mas está se arrastando para um pântano!” Não, não se regozije, mas dê-me seu apoio e sua ajuda.

Por Isaque Vitor
Ed.BPHBG

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Postagens populares