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quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Deus, onde estás? Uma defesa prévia



Você olha o pôr-do-sol, reflete um pouco e guarda seus pensamentos no bolso furado de sua calça. Você olha a beleza de uma margarida, admira sua simplicidade e, suas conclusões são colocadas no fundo da gaveta de sua mesa. Você nota o sorriso de uma criança, a alegria com que se diverte e, em meia boca, se satisfaz com refutações baratas.<span id="fullpost"> 

Quando perguntam onde está Deus, o que Ele faz ou por que vive tão “anônimo”, as pessoas não gostam de olhar ao seu redor em busca de algo mais concreto. Alguns se escondem atrás de teorias, outros em meio às falhas da igreja e também tem aqueles que se dizem incrédulos de tudo. 

O autor e detentor do Prêmio Nobel Elie Wiesel (2007) conversou com um rabino renomado e fez a seguinte indagação: “Rabino, como se pode acreditar em Deus depois de Auschwitz?”. Depois de um longo silêncio ele solta algumas palavras, quase como um sussurro, ele responde com outra pergunta: “Como se pode não acreditar em Deus depois de Auschwitz?”. 

Você não precisa ver Deus nos mesmos lugares que eu vejo. Mas tenho aprendido a ver Deus em meio à dor, a separação, a angústia, em meio às lágrimas... em meio ao caos. Um Deus que saiu de dentro da igreja e tem se mostrado. A verdadeira face de Deus? É aquela que minha hipocrisia não conseguiu esconder, que minha mentira não ocultou e meus pecados não impediram a Sua manifestação. 

Mas como ver Deus em meio à desgraça, a miséria dos que sofrem por não ter o que comer, ou as grandes tragédias que ocorreram no mundo nos últimos anos? Eu parto do pressuposto que, se de fato Ele não existisse, o caos reinaria e deixaria os nossos olhos chocados e imóveis diante de tanta desgraça. Caso o Eterno não existisse, não existiriam nascimentos sadios, amor pelo próximo ou alguém que quisesse fazer o bem, e os motivos para se manter vivo seriam ainda mais ínfimos. 

Não diga que o Emanuel não existe só porque você tem se deparado com minhas falhas e com as falhas da igreja que está doente nesse mundo; não diga que Ele não existe só porque você não consegue notar no céu nada além do que nuvens com formato gozado; não afirme que Ele é inexistente porque não consegue encontrar mais motivos para sorrir. 

De todas as religiões, não se encontra nenhuma em que o Deus se fez homem como um gesto de amor. No palco da vida, o homem que “esqueceu da dor que sangra dentro do peito” tem tentado obscurecer em tudo sobre esse Pai. Diante de tudo isso, em meio a algum acidente, você se pergunta onde Ele está, por que algumas pessoas morreram? Talvez você pudesse tornar a fazer a indagação analisando: Por que tantas ainda estão vivas?

Fonte: IDE

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