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segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Terreiros organizam passeata contra intolerância de evangélicos em Salvador Os membros de religiões afro-brasileiras reclamam das abordagens que sofrem dos neopentecostais


Terreiros organizam passeata contra intolerância de evangélicos em Salvador
Cansados de serem atacados por evangélicos neopentecostais, principalmente fiéis da Igreja Universal do Reino de Deus, membros de religiões afro-brasileiras irão aproveitar o feriado do dia 15 de novembro para protestar no bairro do Engenho Velho da Federação, em Salvador, Bahia.
A ideia é pedir respeito, para que não sejam mais tratados como “cão” e “demônios” explica a Yalorixá Valnizia de Ayra, do Terreiro do Cobre, que reclama até dos ataques dos programas de rádio. “Nas rádios, eles nos atacam todos os dias e todas as horas. Não sou cão, não sou demônio, como eles dizem. Os neopentecostais são mais radicais. A gente quer respeito. Não invadimos as atividades deles”.
Valnizia diz que os frequentadores do terreiro onde ela atende são abordados por fiéis da IURD que distribuem panfletos com alertas dizendo: “Não vá, é um lugar do demônio”. Ela diz também que não adianta reclamar desses ataques porque a prefeitura é tomada por evangélicos, até o prefeito da cidade, João Henrique, é evangélico.

“Não temos que conviver com isso. Uma vez, tivemos que dar uma queixa. Mas o problema desse tipo de denúncia é que é tudo evangélico na prefeitura. O prefeito (João Henrique) é evangélico. A Sucom (Superintendência de Controle e Ordenamento do Uso do Solo) é de evangélico. A denúncia não vai adiante”, diz.
Essa será a “VII Caminhada contra violência, a intolerância religiosa e pela paz” que vai reunir terreiros de candomblé, umbanda e culto aos caboclos, além de civis que se simpatizam com a causa.
Não é a primeira vez que membros de religiões de matriz africana se manifestam contra neopentecostais, na semana passada uma matéria da revista Isto É mostrava que no Rio de Janeiro, o maior estado em números de praticantes dessas religiões, uma secretaria precisou ser montada para investigar  e punir crimes de intolerância religiosa.
Com informações Terra Magazine

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