Para deputado, pedir investigação do presidente por corrupção é fazer a vontade dos partidos de esquerda
O deputado-pastor Marco Feliciano (PSC-SP) justificou seu voto dado nesta quarta-feira (3) a favor do relatório apresentado para que o processo de denúncia contra o presidente da República Michel Temer fosse arquivado enquanto estivesse no poder.
Instigado pela repercussão negativa nas mídias sociais, em uma publicação feita em sua página no Facebook, Feliciano elencou nove motivos pelos quais foi contra o voto, aproveitando para dizer: “Chorem mais viúvas do PT”.
A primeira argumentação dada pelo político é que “a direita brasileira inexiste”. “Que coerência há em conservadores cederem ao PT, PCdoB e PSOL? Os petistas explicaram em seus votos ontem: Caia Temer pra que Lula volte!”, disse. Para ele, votar contra o presidente, seria votar a favor “da esquerda”.
“Não votei pelo arquivamento da denúncia! Está continua de pé e em 01/01/2019 o Michel Temer volta a ser cidadão comum e investigado será”, justifica o pastor.
Também falou de suas crenças caso Michel fosse afastado de seu cargo. “Acreditam que cessaria a balbúrdia da esquerda? Acordem! Sangrarão o país até voltarem!”, contou.
Feliciano acredita que seu voto foi de “de um corajoso e conservador”. Para ele “o que diferencia um político de um estadista é que o 1º sacrifica o futuro pelo aplauso do momento, o 2º sacrifica o momento pelo futuro!”.
Apoio evangélico
Maior parte dos políticos da chamada Bancada Evangélica votou a favor de Michel. Além de Feliciano, estão nomes notórios como Marcelo Aguiar (DEM-SP), João Campos (PRB-GO) e o presidente Takayama (PSC-PR), que representa o bloco.
Entre os nomes contra, constam o empresário Arolde de Oliveira (PSC-RJ), o cantor e compositor Lázaro (PSC-BA), Eduardo Bolsonaro (PSC-SP), seu pai Jair Bolsonaro (PSC-RJ) e Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ). Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados, se absteve do processo.
De acordo com o Estadão, a maior parte da bancada votaria a favor de Temer em troca de apoios em alguns projetos, como o Estatuto do Nascituro, que prevê sanções mais duras à prática de aborto no Brasil.
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