Pesquisar este blog
BPHBGOSPEL
terça-feira, 27 de setembro de 2011
Professora critica livros evangélicos para mulheres: “índice de mulheres com depressão é enorme”
A literatura evangélica dirigida a mulheres tende a orientá-las para que sejam boas esposas, boas mães e boas donas de casa, confirmando um papel entendido como natural e a elas conferido por ordem divina.
“Essa maneira de conceber o feminino tem sido um dos grandes problemas para a superação da dominação de gênero. A carga de culpa das mulheres por não corresponderem àquilo que é considerado ‘coisa de mulher’ é enorme”, declarou em entrevista para o Instituto Humanitas a professora Sandra Duarte de Souza, do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Religião, da Universidade Metodista de São Paulo.
A mulher ideal descrita por esse tipo de literatura é concebida, na maioria das vezes, “como uma mulher domesticada de acordo com o padrão patriarcal da cultura”, definiu a pesquisadora. Essa mulher idealizada está no mercado de trabalho, tem que administrar tarefas domésticas, cuidar dos filhos, do marido.
Mas uma mulher comum não dá conta disso tudo, assinala a professora da Metodista. “Não é a toa que, na atualidade, o índice de mulheres com depressão que se acham fracassadas é enorme”, afirmou.
Apesar das muitas conquistas das mulheres em vários campos da vida, a identidade delas continua sendo afirmada a partir do casamento, da maternidade e de todas as representações que envolvem essa condição. “O acúmulo de atribuições inviabiliza uma vida saudável”, disse Sandra Duarte.
Boa parte dos livros evangélicos direcionados a mulheres “desculpam os homens por serem do ‘jeito que são’”, frisou. Sandra entende que, por não conseguirem conciliar toda a carga simbólica que carregam, as mulheres estão em crise, que as faz buscar respostas no campo religioso.
“Quando falamos de religião estamos falando de sistemas simbólicos. As representações do feminino e do masculino são construções socioculturais, portanto, são aprendidas. Por força do processo dialético de produção da sociedade, os sujeitos sociais passam a acreditar que essas representações são naturais”, explicou.
A religião pode, pois, contribuir para a naturalização dessas representações quando as afirma como sagradas, mas também pode funcionar como desconstrutora de relações de dominação de gênero, assinalou.
Fonte: ALC
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Postagens populares
-
Pastor usa “música secular” no púlpito para falar do amor de Deus A Liquid Church, igreja localizada em New Jersey, EUA, tem uma propost...
-
01 Agora Já Foi 02 Se Liga Na Visão 03 Ter Você 04 Bola Pra Frente 05 Fazendo Minha Parte 06 Falem o Que Quiser 07 Não So...
-
Milagre? Maná ainda cai do céu na África O pastor adventista Gérson Pires de Araújo teve uma experiência curiosa em Angola algum tempo at...
-
Dr. Ted Baehr, presidente da Comissão Cristã de Filme e TV nos EUA, destaca que Deus condena veementemente a feitiçaria Harry Potter e as...
-
CPAD lança site contando a história da Harpa Cristã que comemora 90 anos Nesta quarta-feira (21) a Casa Publicadora das Assembleias de...
-
Os Role-Playing Games, mais conhecido como RPG’s, são jogos de interpretação de personagem normalmente jogados em grupo, conhecidos como R...
-
Malafaia diz que enquete do iG foi tendenciosa Na última semana o portal iG realizou uma enquete com seus leitores para descobrir qual ...
-
A provável condenação do Pastor iraniano Yousef Nadarkhani à morte, por se recusar a negar o cristianismo, comoveu o Senador Marcelo Crive...
-
Religião e divórcio: Igrejas e líderes investem em aconselhamento de casais De acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geograf...
-
A cantora gospel Mariana Valadão realizou um super lançamento: além de já estar disponível o seu aguardado CD e DVD ao vivo “Vai Brilhar”,...
Nenhum comentário:
Postar um comentário