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domingo, 1 de setembro de 2013

Líderes evangélicos publicam tese de que guerra civil na Síria seria cumprimento da profecia de Isaías sobre o país

Líderes evangélicos publicam tese de que guerra civil na Síria seria cumprimento da profecia de Isaías sobre o país
A guerra civil na Síria é vista por alguns líderes evangélicos como cumprimento de uma profecia bíblica do livro de Isaías, que prevê que Damasco, atualmente capital do país e sede de um dos 14 distritos sírios, se tornaria um monte de ruínas.
Segundo a jornalista Elizabeth Dias, colunista do portal Time, essa hipótese vem sendo difundida por lideranças evangélicas norte-americanas através da internet.
“Com os grupos terroristas que operam fora de Damasco construindo esconderijos de armas na fronteira de Israel, em antecipação a nova guerra num futuro próximo, não pode faltar muito para que esta profecia de Isaías 17 se torne um fato histórico”, diz um dos textos relatados pela jornalista.
A interpretação acima, no entanto, não é unânime entre estudiosos e teólogos, que veem a profecia como uma passagem de alta complexidade, por ter sido levada ao povo judeu há mais de 2.500 anos, e provavelmente referia-se aos inimigos de Jerusalém, que à época sofria com uma invasão assíria, que envolvia além do povo sírio, nações atualmente extintas, como Moab, Babilônia e Tiro, além do Egito.

“Você não pode ler a Bíblia dessa maneira. É um antigo poema sobre um contexto antigo”, afirmou Walter Brueggemann, professor emérito do Seminário Teológico de Columbia e especialista no livro de Isaías. “Se nós formos contemporizar com uma conexão tão fácil, então temos que aprender a ler o texto contra os Estados Unidos, porque os Estados Unidos desempenham agora o papel de Babilônia, e todos aqueles super-poderes antigos. Temos que andar com muito cuidado sobre como fazer essas conexões tolas”, alertou.
A melhor interpretação dessa passagem, segundo Bruggemann, seria entender que todas as nações serão julgadas ​​perante o Deus da justiça: “Nenhum país tem superioridade moral. Essa é uma mordida contra toda excepcionalidade, incluindo o ‘excepcionalismo’ americano”, criticou.
Por Tiago Chagas, para o Gospel+

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