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quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Um soldado cristão pode matar durante uma guerra? O que a Bíblia fala sobre isso? Pastores comentam o que a Bíblia fala sobre o assassinato em um serviço militar


'Matei 255 pessoas e não me arrependo', diz ex-atirador americano Chris Kyle, em livro lançado nos Estados Unidos
O atirador reformado Chris Kyle ficou conhecido no Exército americano por ter matado 255 pessoas no Iraque se tornando o atirador mais letal da história da corporação. Mas apesar de parecer uma coisa ruim o soldado não se arrepende e diz está com a consciência tranquila diante de Deus.
“Era meu dever. Não me arrependo”, escreve Kyle que comentou que adorava o que fazia. O atirador esteve quatro vezes em missão no Iraque e escreveu um livro contando sobre isso, o “American Sniper” (“Atirador de elite americano”, em uma tradução livre e literal)  que está sendo lançado pela editora HarperCollins.
“Meus tiros salvaram vários americanos cujas vidas claramente valiam mais que o daquela mulher de alma distorcida,” disse ele.

Gospel Prime conversou com pastores para saber o que a Bíblia fala a respeito do serviço militar, já que em uma de suas falas Kyle diz que “Deus soprou” uma bala que matou um homem que estava a 2.100 metros de distância dele.
Para o pastor Jarbas Aragão da Igreja Batista a Bíblia é clara ao condenar o homicídio. “Um dos 10 mandamentos é ‘não matarás’, que seguidamente é interpretado pelos estudiosos como ‘não assassinarás’, ou seja, matar sem motivo ou por maldade”, diz ele.
Mas a respeito do serviço militar Jarbas diz que as Escrituras se referem a Deus como “Senhor dos Exércitos” e narra muitas batalhas. E não é só isso: “No Novo Testamento, Jesus encontrou com soldados romanos que estavam cumprindo ordens e não os censurou por matar, disse apenas que deveriam se contentar com seu salário e não se corromper (Lc 3:14). Em Mateus 8:5-10 e Atos 10 lemos sobre a fé de soldados que não foram recriminados por Jesus por terem matado ninguém”.
O pastor Zwinglio Rodrigues também apoia o trabalho militar, desde que usado de acordo com a Lei. “Visto que Deus deu ao Estado o direito de vida ou morte sobre o cidadão com vistas à manutenção da ordem social [Rm 13:1-5], eu entendo ser legítima a ação policial que venha redundar na morte de malfeitores”, opina.
Jesus o Príncipe da Paz
Apesar de não ter como afirmar biblicamente que soldados podem “cumprir” seu dever de tirar a vida de alguém, o pastor batista explica que a questão passa a ser mais moral que teológica. “Se um policial ou soldado pode matar em serviço? Pode. Um policial ou soldado deve matar em serviço? Depende. Se for para proteger a sua vida é compreensível. Mas se é por abuso de autoridade ou simples prazer, a motivação é equivocada e pecaminosa”, explica.
Jarbas tem uma opinião pessoal a respeito do assunto que é a seguinte: um cristão não deve sequer ter portes de arma ou servir ao exército. Mas ele como pastor já acompanhou policiais civis e militares que davam bom testemunho cristão, mesmo já tendo matado outras pessoas para proteger a sociedade do mal.
O pastor da Igreja Batista Viva vai além e comenta sobre a questão de matar apenas em legítima defesa. “A morte de um infrator em confronto com os representantes do Estado só pode ser admitida no caso de legítima defesa. A parte disso, o fato consumado ganha contornos de infração da Lei visto que até os bandidos tem direitos previstos na legislação brasileira”, diz Rodrigues.
Para quem trabalha como soldado ou policial o pastor Jarbas Aragão tem um conselho: “acredito que aqueles cristãos que se alistam no exército ou desejam entrar para a polícia reflitam e orem sobre sua decisão, sabendo que matar pode fazer parte de suas atividades”.
Zwinglio também fala sobre os cristãos que trabalham como policiais dizendo que essas pessoas precisam ser controladas pelo Espírito Santo. “Entendo que é imprescindível que esta pessoa investida de autoridade tenha o seu temperamento controlado pelo Espírito Santo, pois sua missão final é sempre fazer o bem e nunca extrapolar limites que caracterizem seu ato como um mal”.

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