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quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Banda punk Pussy Riot pode ser premiada por Igreja Evangélica Alemã Prêmio Martin Luther é entregue a pessoas que se destacam na luta social.


Banda punk Pussy Riot pode ser premiada por Igreja Evangélica AlemãBanda punk Pussy Riot pode ser premiada por Igreja Evangélica Alemã
Um dos eventos mais importantes da Igreja Evangélica Alemã (luterana), denominação a qual pertencem a chanceler Angela Merkel e o presidente Joachim Gauck, está causando polêmica por ter indicado a banda punk feminina Pussy Riot para o Martin Luther-Preis (Prêmio Martinho Lutero). Os maiores protestos são de luteranos alemães e russos.
A comissão deste prêmio está sediada em Wittenberg, na Saxônia, onde o reformador Martinho Lutero pregou suas 95 teses na porta da Igreja do Castelo, em 1517. Seu lema é “a palavra sem medo” e, por essa razão, nomeou o grupo punk que está preso desde o início do ano.
Alguns teólogos afirmam terem recebido a notícia com espanto, classificando a indicação de “uma visão muito estranha sobre Deus”. Friedrich Schorlemmer, por exemplo, as acusou de “blasfêmia”. A comissão teológica que fez aindicação afirma que a banda “tornou-se um ícone global da liberdade de expressão”.

As membros da Pussy Riot, Maria Alyokhina, Nadezhda Tolokonnikova e Yekaterina Samutsevich, ficaram famosas após invadirem dia 21 de fevereiro uma missa na igreja ortodoxa Catedral de Cristo Salvador. Elas protestaram contra o presidente russo Vladimir Putim e tocaram uma música-oração direcionada à Virgem Maria, onde mencionavam o apoio político dos ortodoxos ao presidente. Menos de um minuto depois de ter começado a sua “performance” elas foram presas no altar da igreja.
O grupo foi condenado a dois anos de prisão, acusado de “vandalismo motivado por ódio religioso”. Aliójina (24 anos) e Tolokónnikova (22) continuam na prisão. Yekaterina trocou de advogado, conseguiu na justiça um efeito suspensivo recentemente e está solta.
“Essas meninas foram muito corajosas”, observa Heiner Geissler, ex-secretário-geral do Partido Democrata Cristão da Alemanha, e ex-ministro de Família, da Juventude e da Saúde. “Certamente, Jesus teria ficado ao lado dessas meninas. Ele protestou no templo e recriminou os sacerdotes por participarem de negócios ilícitos”, afirmou ao jornal Der Spiegel.
A Pussy Riot fez exatamente a mesma coisa, de acordo com Geisseler “protestaram contra a Igreja Ortodoxa, conivente com o poder do Estado e os oligarcas financeiros russos”. Se a banda não ganhar o prêmio, Geissler acredita que isso indicaria “o triunfo de uma teologia perversa”.
O ex-subprimeiro-ministro da Saxônia, Reinhard Hoeppner, também saiu em defesa do grupo punk. “Na época da Alemanha Oriental [comunista], grupos de oposição fizeram muitos protestos sob o teto da igreja”, afirmou Hoeppner, que liderou por muitos anos a Igreja Evangélica Alemã na Província da Saxônia e Presidiu o Sínodo local.
O Júri do Prêmio Martinnho Lutero anunciará sua decisão publicamente em 10 de novembro. A banda disputa a premiação de dez mil euros com o ambientalista Michael Beleites e a pastora Waltraut Zachhuber.
Traduzido de ABC e Spiegel

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