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quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Pastor sobrevivente do massacre do Carandiru conta sua história em livro Ele passou por duas vezes pelo corredor da morte e presenciou a morte de muitos detentos.


Pastor sobrevivente do massacre do Carandiru conta sua história em livroPastor sobrevivente do massacre do Carandiru conta sua história em livro
No dia 2 de outubro completou 20 anos da trágica história do massacre do Carandiru, quando mais de 111 detentos foram mortos. Jacy Lima de Oliveira, 47 anos, hoje pastor evangélico, era um dos presos que cumpria pena no local e que só sobreviveu por um milagre.
“Eu tive um privilégio, que tenho pra mim como um milagre, porque muitos que passaram ali, como eu, morreram a facada, a tiro a queima roupa na cabeça”, relata Oliveira para a reportagem do G1.
Naquele dia ele estava escalado para fazer a comida na cela e por isso saiu do banho de sol minutos antes da rebelião começar. “Quando decretaram a rebelião, a gente estava esperando a hora, porque automaticamente o Choque ia entrar. Aí começaram a quebrar tudo”.
Em seu depoimento, Jacy recorda que passou pelo chamado corredor da morte no Pavilhão 9 por duas vezes e não foi atingido, mas viu muitas pessoas morrendo. “Eu passei no corredor da morte duas vezes. Descendo em direção ao pátio e voltando. Subiram na minha frente umas 80 pessoas e eu ouvi o grito da morte delas.”
As recordações que Jacy tem sobre o dia estão no livro “Eu sobrevivi para testemunhar o massacre do Carandiru”, livro que será lançado ainda este ano.

Quem também sobreviveu ao massacre e está lançando um livro para testemunhar o que presenciou ali é Sidney Salles, que chegou muito perto da morte e se protegeu recitando o Salmo 91.
Ele sabia que seria morto porque foi escolhido por um dos policiais para carregar alguns corpos. Um dos últimos corpos que ele carregou era de um preso que estava fazendo o mesmo que ele.
Fugindo para os andares superiores do pavilhão, Sales encontrou um policial que lhe fez uma proposta: encontrar a chave que abria a sela em um molho de chaves tendo apenas uma chance. “Quando ele cata aquela chave, eu recito o salmo 91, e quando ele bate a chave e torce, o cadeado abre, e milagrosamente eu entro pra dentro daquela cela.”
Sidney saiu da prisão e acabou se envolvendo novamente com o mundo do crime, em uma troca de tiros com uma gangue rival, isso depois de ser solto, foi baleado e ficou paraplégico. Mesmo na cadeira de rodas ele foi preso novamente e foi evangelizado por voluntários de uma igreja evangélica.
Hoje Sidney coordena um centro de reabilitação para jovens viciados em drogas que ajuda 120 pessoas em uma chácara na cidade de Jundiaí. O livro contando esses relatos recebeu o nome de “Paraíso Carandiru”.

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